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  • Foto do escritorThulio Ultramari

Plug-in para análise de Dependências, e Riscos no MVP Canvas

Continuando nossa conversa sobre Lean Inception hoje vamos falar um pouco sobre o MVP Canvas e um "plug-in" que uso junto a esta dinâmica para realizar uma análise de riscos e dependências simples, geralmente usada em planejamento de projetos.



O MVP Canvas


Esta é a conhecida última dinâmica da Lean Inception, onde já temos o alinhamento de qual será o MVP e quais as próximas iterações planejadas para o produto.


Dadas as Funcionalidades priorizadas para o MVP, este canvas facilita a discussão de detalhes do planejamento do mesmo, onde temos as seguintes informações:


  1. Funcionalidades: São as Funcionalidades que definimos no Sequenciador como sendo nosso MVP.

  2. Proposta do MVP: Aqui os participantes da Lean Inception descrevem que hipótese querem validar com este MVP. Ex.: "Validar se as pessoas pediriam comida pela internet."

  3. Personas: Este MVP atenderá a quais das personas que criamos nesta Lean Inception?

  4. Jornadas: Este MVP atenderá ou melhorará quais jornadas que criamos? Há alguma Jornada que não criamos e que o MVP também atende? Se sim, adicionamos o nome da jornada para posterior análise.

  5. Custo & Cronograma: Aqui são registrados todos os investimentos que precisaremos realizar para viabilizar nosso MVP, por exemplo: "Agência de publicidade, Expansão do contrato com a Amazon, etc.". O cronograma é uma estimativa de prazo para o MVP, onde você pode usar a prática que preferir para realiza-la, como por exemplo: Pontos de função, Story Points, etc.

  6. Resultados esperados: Neste quadrante atribuímos um ou mais aprendizados/resultados que queremos obter para validar a hipótese descrita no quadrante "Proposta do MVP" , porém para facilitar nossa análise no futuro, o ideal é escrevermos o quanto (em números) esperamos ter de resultado e em quanto tempo. Ex.: "10.000 downloads no primeiro mês", "Máximo de 1.000 desinstalações", "100 pedidos realizados pelo app nas 2 primeiras semanas", etc..

  7. Métricas para validar as hipóteses de negócio: Aqui informamos quais são as medições/números que usaremos para validar os resultados descritos no item 6, como por exemplo: "Downloads no Google play" e "Downloads na Apple store" para o resultado esperado "10.000 downloads no primeiro mês".


Instalando o Plug-in


Até aqui nada de novo, porém agora acrescentaremos os itens 8 e 9.


8. Dependências: Neste quadrante registramos nos cartões uma identificação da Funcionalidade e qual a dependência externa ao time que ela tem. Ex.: "F1 - Time de Segurança de Informação", "F1 - Time de Pagamento", etc.


9. Riscos e Ações: Neste quadrante registramos Riscos e colado em cada risco, os Post its com as Ações para mitiga-lo. Assim como a análise de dependências, este quadrante registra riscos/ações não só para cada funcionalidade, como para o MVP como um todo. Ex.: "Departamento jurídico não criar os termos de uso em tempo. AÇÃO: Contratar um escritório terceiro para esta atividade.", etc..


Como funciona a dinâmica?



Dependência


  1. Numerar as Funcionalidades de "F1" a "Fn".

  2. Partindo da primeira funcionalidade (F1) pergunta-se aos participantes "Dependemos de algum time ou pessoa externa a este time de desenvolvimento para entregar está funcionalidade?"

  3. Em caso de resposta positiva a pergunta anterior, anota-se num post it a identificação da funcionalidade (F1), de quem se depende (ex.: Time de pagamentos) e se necessário, o tema da dependência (ex.: Como usar a API de pagamentos?).

  4. Passadas todas as funcionalidades, pergunta-se "Dependemos de algum time ou pessoa externa a este time de desenvolvimento para entregar, medir ou viabilizar este MVP?"

  5. Com a resposta positiva, anotamos os dados como o realizado anteriormente, porém sem a funcionalidade.


Riscos & Ações


  1. Partindo da primeira funcionalidade (F1) pergunta-se aos participantes "O que põe em risco a entrega dessa funcionalidade?"

  2. Se os participantes identificarem algum risco, anotamos num post it a identificação da funcionalidade (F1) e a descrição do mesmo (ex.: "Número de desenvolvedores insuficiente.").

  3. Em seguida, pergunta-se aos participantes "Que ações podemos tomar para mitigar este risco?"

  4. Para cada Ação identificada é usado um post it de cor diferente do Risco para registra-la.

  5. Passadas todas as funcionalidades, pergunta-se "O que mais põe em Risco a entrega deste MVP?"

  6. Toma-se nota das Ações como realizado anteriormente.

Obs.: Nesta análise de riscos não adiciono a gravidade do risco, dado que na discussão os riscos saem com ações e que nas etapas posteriores a Lean Inception (clique aqui para saber mais) trabalhamos para mitigá-los e também os apresentamos no Show Case com o devido senso de urgência.


Conclusão


Esta análise de riscos e dependências antecipa no momento do MVP Canvas uma visão que pode ou não ser adicionada no planejamento de projetos o que faz com que a análise de viabilidade seja mais consistentes na apresentação do planejamento do MVP aos stakeholders.


Há outras formas mais complexas e profundas de se analisar estes dois temas no início do projeto, porém desta forma empírica e rápida, consegui alinhar pessoas além do time de desenvolvimento a cerca das dependências e riscos, planejando também de maneira colaborativa as ações de mitigação.


 


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